A incrível corrida pelos updates do Android
Se existe um sistema operacional para smartphones perdido no mundo, seu nome é Android. Só no mercado brasileiro, temos inúmeras opções com sua versão 1.5 (Motorola Dext/Quench/BackFlip; Samsung Galaxy/Galaxy Lite; LG GW620), 1.6 (Sony Ericsson Xperia X10) e 2.0 (Motorola Milestone). E alguns sortudos já contam com o 2.1 no Google Nexus One. E fica a grande pergunta: quando diabos o fabricante – ou a operadora – vai liberar uma atualização para o meu Android?
Falo isso porque, bem, sinto uma certa histeria por parte dos meus leitores que, ao perceberem que um aparelho é 1.5 ou 1.6, já perguntam: cadê a atualização? Vai sair logo?
Calma, gente. Cada fabricante tem sua política. A Samsung já disse que vai deixar os Galaxy do jeito que estão (1.5 para sempre). A Motorola promete “para breve” o 2.1 no Milestone (tem até uma tabelona no site de suporte técnico deles). Sony Ericsson idem (pelo menos é um aparelho à venda no Brasil, por enquanto). A LG não se manifestou por enquanto.
Fato é que demorou um tempo para o Google (e os fabricantes) descobrirem que, por mais que o Android tenha seu core básico de aplicativos e recursos rodando em um hardware razoavelmente padronizado – todos com Wi-Fi, 3G, GPS -, as mudanças de cada fabricante tornam o processo de atualização mais difícil. Vale para MotoBlur, da Motorola, ou MediaScape, da Sony Ericsson: são aplicativos integrados profundamente ao sistema operacional e que, para permitirem a atualização geral, precisam de tempo de adaptação (e desenvolvimento).
Só que nem todo mundo sabe disso, e cobra dos fabricantes um novo software. O Android 1.5 realmente é muito básico, mas me ajuda no dia-a-dia (uso um Dext modificado com a ROM da T-Mobile, feito por conta e risco). O que mais me irrita é a falta de compatibilidade com novos aplicativos, como o Google Googles, que só roda do 1.6 pra cima. Na prática, tudo que quero do 2.0/2.1 são as múltiplas caixas de entrada no Gmail, isso sim.
De qualquer modo, existe luz no fim do túnel: relatos iniciais dizem que o Android 2.2, codinome Froyo, vai resolver esse problema. Só que, para tanto, vamos precisar de novo hardware, certo, fabricantes? Desse modo, o core é atualizado, mantendo as demais características do sistema operacional e todo mundo (pelo menos quem tiver aparelhos com esse sistema) feliz.
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