Nesses grandes eventos, é natural que um número grande de pessoas se desloque para acompanhar uma ou outra atividade. Para os Jogos Olímpicos de Londres, no ano que vem, o prefeito da cidade já sinalizou ter medo de que o pior aconteça com a rede de telefonia por lá. Um apagão de celulares não está descartado.
O grande desafio de Londres é ampliar a sua capacidade de transmissão de dados durante o próximo ano — pouquíssimo tempo antes do início das Olimpíadas —, de modo a oferecer uma maior cobertura, e principalmente uma cobertura mais robusta.
Boris Johnson, prefeito da cidade, citou a nossa dependência cada vez maior dos celulares para transmitir dados. O envio de fotos seria um dos maiores gargalos, tendo em vista que a capacidade de upstream costuma ser inferior à de downstream. “Nós estamos fazendo um trabalho descomunal para assegurar de que há cobertura suficiente”, diz o prefeito.
Eu fico imaginando como não será por aqui quando estivermos a um ano da Copa do Mundo, marcada para 2014. Ou então faltando 12 meses para os Jogos Olímpicos do meu Rio de Janeiro, em 2016. Não quero cair naquele papo de “essa é a terra da Copa”, mas…
É preocupante pensar que ainda há tanto a ser feito. A Oi conseguiu o direito fornecer a estrutura de telecomunicações para a próxima Copa do Mundo. Sim, a Oi, cujo histórico de problemas fala por si. Não duvido que, a três meses da abertura, o Governo Federal tenha que entrar no jogo colocando dinheiro para viabilizar a cobertura de telecom durante o evento.
Vejamos como as coisas se encaminham em Londres. Algo me diz que a administração de lá terá boas lições para ensinar aos comitês organizadores da Copa e das Olimpíadas por aqui.