GM encerra serviços do robotáxi Cruise para focar em carros autônomos

Montadora abandonará serviço de táxi autônomo para investir no desenvolvimento do Super Cruise, seu sistema de direção autônoma para carros pessoais

Felipe Freitas

A GM Motors comunicou nesta semana o fim do investimento nos robotáxis da Cruise. A montadora americana passará a focar no desenvolvimento do Super Cruise, sistema de direção autônoma usado nos carros pessoais da marca. Com essa nova estratégia, a Cruise será gradualmente absorvida pela GM, que já detém 90% das ações da subsidiária.

O comunicado da GM sobre o fim do serviço de robotáxis foi uma surpresa para jornalistas de tecnologia (este que vos escreve incluso) e outras pessoas que acompanham esse segmento. A montadora americana retomou os testes do serviço de táxi autônomo em abril, usando os carros da Cruise com supervisão de motoristas para coletar dados e melhor o sistema de direção. Isso indicava que a GM seguiria investindo no serviço.

Quais os próximos passos da GM com o fim da Cruise?

Agora a GM Motors investirá no sistema de direção autônoma de carros pessoais, um projeto que já está presente em mais de 20 carros da montadora. O sistema chamado Super Cruise fornece assistência de direção, permitindo que o motorista supervisione o trajeto sem estar com as mãos nos volantes.

O principal concorrente do Super Cruise é o Tesla Autopilot, mas a GM afirma que seu sistema tem a vantagem de funcionar com reboque engatado. Na página dedicada ao Super Cruise, a montadora também lista as estradas e ruas compatíveis com o sistema.

Como explicou a GM no comunicado, a incorporação da Cruise também fornecerá dados e tecnologia para evoluir o seu sistema de direção assistida. Os funcionários da empresa de robotáxi também serão integrados ao quadro da montadora e a equipe responsável pelo Super Cruise.

Por que a GM parou de investir na Cruise?

A GM explica que está desistindo do mercado de robotáxi por conta do tempo e recurso necessário para escalar o projeto, além deste mercado estar se tornando mais competitivo. Nos Estados Unidos, a Waymo, do Google, é a principal rival da Cruise e tem a vantagem de poder usar o Gemini no seu sistema de direção autônomo.

Outro possível motivo são os problemas que os robotáxis vêm passando em algumas cidades onde já operam, principalmente em São Francisco. Após ter a licença cassada na cidade, a Cruise interrompeu o serviço de táxi autônomo em todas as cidades que operava. A Cruise chegou até a interromper o desenvolvimento de um novo veículo para o serviço de robotáxi após a cassação da sua licença.

Com informações: TechCrunch

Relacionados

Escrito por

Felipe Freitas

Felipe Freitas

Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.