iPhone 15 tem peças 10% mais caras do que o iPhone 14
Embora a linha tenha mantido o preço da geração anterior, analistas acreditam que a Apple pode repassar o valor de custo dos dispositivos para os consumidores em 2024
Embora a linha tenha mantido o preço da geração anterior, analistas acreditam que a Apple pode repassar o valor de custo dos dispositivos para os consumidores em 2024
O jornal japonês Nikkei desmontou todos os quatro modelos da linha do iPhone 15 para analisar o valor das peças internas e comparar com a geração anterior, do iPhone 14. O resultado foi um aumento de cerca de 10% no custo dos smartphones da Apple, um recorde pelo segundo ano consecutivo.
Os analistas da empresa japonesa Fomalhaut Techno Solutions especulam que, caso a Apple mantenha este ritmo, os valores dos componentes devem ser repassados para os clientes. Portanto, a futura série iPhone 16 pode ter um salto considerável de valor quando chegar às lojas em 2024.
Segundo o Nikkei, o iPhone 15 Pro Max foi o modelo com maior custo de produção. Todos os componentes do dispositivo saem por US$ 558 – cerca de R$ 2.796 na atual cotação da moeda –, sendo 12% mais caros do que no iPhone 14 Pro Max.
O dispositivo topo de linha trouxe importantes avanços. Por exemplo, a nova câmera telefoto com zoom óptico de 5x tem o valor 3,8 vezes maior do que o sensor com zoom óptico de 3x encontrado no modelo de 2022.
Outra mudança significativa é a estrutura de titânio do iPhone 15 Pro Max. De acordo com as informações, o componente custa US$ 50 (R$ 250) e é 43% mais caro do que o antigo corpo de aço inoxidável.
A análise do Nikkei também destaca que o novo e poderoso processador A17 Pro da Apple custa US$ 130 (R$ 651). Isso significa um aumento de 27% comparado ao chip A16 usado nas variantes “super-premium” do ano passado.
Em relação aos outros modelos, o artigo do Nikkei revela que o custo de componentes iPhone 15 “padrão” teve um aumento de 16% comparado ao iPhone 14. Entretanto, isso se deve ao fato dos semicondutores terem ficado mais caros no último ano.
Já o iPhone 15 Plus e o iPhone 15 Pro tiveram um aumento de 10% e 8% nos valores das peças internas, respectivamente. Dessa forma, os analistas da Fomalhaut Techno Solutions se dizem surpresos da Apple ter mantido os preços na maior parte dos mercados.
A gigante de Cupertino parece não querer seguir a tendência global de aumento de preços de bens de consumo e serviços em 2023. Tudo indica que a empresa está tomando cuidado em relação aos valores dos produtos para evitar um possível impacto nas vendas.
Entretanto, caso a Apple siga evitando o repasse aos consumidores, os resultados financeiros devem cair. Por esse motivo, os analistas dão quase como certo que a big tech subirá ao menos os preços dos modelos Pro Max em 2024.
Com informações: Nikkei e MySmartPrice