Nubank ganha investimento em Tesouro Direto com aplicação a partir de R$ 30

Fintech expande as suas opções de investimento; atualização permite que os usuários apliquem em títulos do Tesouro Direto diretamente pelo app do Nubank

Bruno Gall De Blasi

Nubank expandiu as opções de investimento pelo seu aplicativo nesta segunda-feira (6). Além dos CDBs, fundos de investimento e bolsa de valores, os usuários podem optar pelo Tesouro Direto para guardar o suado dinheirinho com mais segurança e sem abrir mão de um rendimento maior. Para aderir à nova modalidade, é preciso fazer aplicações de R$ 30 ou mais.

A estreia expande o portfólio de produtos da fintech. Dessa forma, os clientes não precisam recorrer a outras plataformas caso queiram fazer investimentos com títulos públicos, que garante os seguintes benefícios: segurança, acessibilidade, liquidez diária e variedade.

Estas vantagens estão atreladas à origem dos títulos: o Tesouro Nacional. Afinal, ao fazer o investimento, o correntista está emprestando dinheiro aos cofres da União.

Já o retorno é ancorado em indicadores que flutuam menos do que as alternativas de renda variável, como a inflação (IPCA) e a taxa de juros (Selic).

Mesmo assim, isto não significa que não haverá perdas no investimento.

Afinal, se você opta por um título que varia de acordo com a taxa de juros e o indicador apresenta queda ao longo do tempo, por exemplo, este valor sofre o risco de ficar defasado até o vencimento do título.

Felizmente, é possível vender o título no futuro caso a opção se torne uma desvantagem ao investidor.

Fachada do Nubank
Fachada do Nubank em São Paulo (Imagem: Felipe Ventura / Tecnoblog)

Quais títulos públicos estão disponíveis?

Ao todo, quatro categorias serão oferecidas. A começar pelo Tesouro Selic, voltado para quem busca mais segurança, pois o rendimento é atrelado à Selic, agregando baixa volatilidade ao produto e rendimento diário.

Mas a instituição financeira alerta em seu blog: “apesar de ter pouca oscilação no preço, o Tesouro Selic pode sim apresentar retorno negativo em determinados momentos” devido ao deságio.

Tesouro IPCA+ é atrelado à inflação com remuneração pós-fixada. Segundo o Nubank, este produto permite que o investidor mantenha “o seu poder de compra, pois esse investimento oferece uma rentabilidade real”.

Já o Tesouro IPCA+ com juros semestrais segue a filosofia do anterior, mas oferece um pagamento antecipado e proporcional dos juros a cada semestre. Além disso, a quantia é depositada na conta do cliente já com o Imposto de Renda quitado.

Também há o Tesouro Prefixado, acompanhado da variante com juros semestrais. Neste caso, o investidor sabe quanto o título vai render no vencimento.

Por fim, há o título RendA+, voltado para quem quiser fazer investimentos de longo prazo, como uma previdência complementar. ” Quem investir no Tesouro Direto RendA+ pode receber 240 parcelas mensais (equivalente a 20 anos), com valores corrigidos pela inflação”, explicaram.

Nubank ganha opção para investir em Tesouro Direto (Imagem: Divulgação)
Nubank ganha opção para investir em Tesouro Direto (Imagem: Divulgação)

Como aplicar no Tesouro Direto pelo Nubank?

Apesar do anúncio, a novidade ainda não está disponível a todos. Em nota à imprensa, a instituição financeira disse que a atualização está sendo liberada “de forma gradual” e “ao longo das próximas semanas”.

Mas se você já recebeu a novidade, saiba como fazer o investimento diretamente pelo app do Nubank:

  1. Abra o aplicativo e toque no ícone de “$” na porção inferior da tela;
  2. Acesse a opção “Investimentos” e, em seguida, entre em “Explorar produtos”;
  3. Aperte o botão “Tesouro Direto”.

Agora é só escolher o título desejado para fazer a aplicação. Mas não se esqueça de que só é possível fazer os aportes e os resgates nos dias úteis (segunda à sexta) das 9h30 às 18h.

Ou seja, se vai precisar do dinheiro para o fim de semana ou à noite, se programe! Especialmente porque o dinheiro é enviado à conta em até um dia útil.

E se for o RendA+, existe um período de carência de 60 dias.

“Os preços e as taxas podem ser checados no momento da transação”, ressaltaram.

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.