Uber tem prejuízo de US$ 1 bilhão e tenta depender menos de carros
Uber teve maior faturamento em corridas e Eats, mas perdeu US$ 1,07 bilhão; empresa planeja IPO na bolsa de valores em 2019
Uber teve maior faturamento em corridas e Eats, mas perdeu US$ 1,07 bilhão; empresa planeja IPO na bolsa de valores em 2019
O Uber teve prejuízo de US$ 1,07 bilhão no terceiro trimestre deste ano. Trata-se de um valor considerável, mas na verdade é uma redução de 27% em relação ao mesmo período do ano passado — as perdas vêm diminuindo aos poucos. Além disso, o volume de corridas aumentou, assim como a receita do Uber Eats para delivery de comida. A empresa planeja estrear na bolsa de valores em 2019.
Somando o valor total das corridas e das entregas, o Uber recebeu US$ 12,7 bilhões no trimestre. Isso inclui US$ 2,1 bilhões do Uber Eats, aumento de 150% em relação ao ano passado.
O CEO Dara Khosrowshahi quer diversificar os negócios do Uber. Ele acredita que, em dez anos, apenas 50% da receita global virá de corridas em carros. O restante dependeria do Uber Eats, aluguel de bicicletas e patinetes, e transporte de carga por caminhões (Uber Freight).
Descontando o valor pago aos motoristas e entregadores, a receita do Uber foi de US$ 2,95 bilhões. Isso já leva em conta as promoções para passageiros, os incentivos para motoristas e os reembolsos. O valor representa uma alta de 38% se comparado ao ano anterior.
Como todo esse dinheiro se transforma em prejuízo? Afinal, o Uber não paga pelos carros, combustível nem manutenção. Explicamos antes que sai caro manter uma infraestrutura global; além disso, parte da receita é investida em P&D para veículos autônomos.
O CrunchBase nota que boa parte dos custos está em vendas e marketing; gastos administrativos (salários, pró-labore); e pesquisa e desenvolvimento. Basicamente, sustentar a estrutura do Uber é algo que atualmente custa mais caro que a empresa obtém com corridas e entregas.
O diretor financeiro Nelson Chai diz em comunicado que o prejuízo de US$ 1,07 bilhão decorre de investimentos “em toda a nossa plataforma, incluindo delivery, frete por caminhão, bicicletas elétricas e patinetes, além de mercados com alto potencial na Índia e no Oriente Médio, onde continuamos a solidificar nossa posição de liderança”.
Em outubro, o Uber começou a operar um serviço de patinetes elétricos nos EUA. A empresa adquiriu a startup Jump que trabalhava com compartilhamento de patinetes e bicicletas. Ela também quer testar seu veículo voador elétrico em São Paulo e no Rio.
Claro, o Uber não se esqueceu das corridas por carro. A empresa lançou o Uber Juntos, substituindo o Pool no Brasil; estreou um serviço de assinatura nos EUA que “remove” a tarifa dinâmica; e criou um app Lite para mercados emergentes.
Ela recebeu um investimento da Toyota que colocou seu valor em US$ 72 bilhões; isso pode chegar a US$ 120 bilhões no IPO planejado para o ano que vem.
Com informações: Axios, TechCrunch.