Vivo vai migrar clientes para 5G sem taxa extra e de forma automática
Operadora se prepara para construir rede 5G e diz que não fará restrição da tecnologia nos planos de celular; Vivo restringiu acesso ao 4G quando era novidade
Operadora se prepara para construir rede 5G e diz que não fará restrição da tecnologia nos planos de celular; Vivo restringiu acesso ao 4G quando era novidade
O leilão do 5G finalmente aconteceu, e uma das perguntas frequentes é se as operadoras cobrarão mais caro pelo acesso à quinta geração. Não é o caso da Vivo: a operadora informou que todos os planos serão automaticamente atualizados para permitir o uso da nova tecnologia, sem custo adicional.
A informação foi divulgada por Alex Salgado, vice-presidente de B2B da Telefônica Brasil, dona da Vivo. De acordo com o Telesíntese, o executivo afirmou que “não vai ser um plano dedicado para um usuário ou outro”. Ele ainda disse que os planos serão atualizados automaticamente para permitir o uso de 5G, tanto para pessoa física como pessoa jurídica.
No entanto, a operadora não parece ter muita pressa para chegar com a quinta geração. Em entrevista para O Globo, Christian Gebara, CEO da Vivo, afirmou que pouquíssimos aparelhos no Brasil são aptos para funcionar com o 5G no formato Standalone, exigido pela Anatel.
O executivo comentou que a operadora deve começar os pilotos quando as frequências forem compradas pela Anatel. Atualmente, a Vivo já possui uma rede 5G DSS em oito capitais brasileiras, mas o padrão utiliza compartilhamento de espectro com as tecnologias antigas. Essa rede também pode ser usada por clientes de qualquer plano, seja pré-pago, pós-pago ou controle.
No leilão do 5G, a Vivo arrematou 100 MHz de capacidade na faixa de 3,5 GHz para exploração nacional, além de 600 MHz de espectro na frequência de 26 GHz (mmWave). A Anatel também licitou a faixa de 2,3 GHz, e a Vivo arrematou blocos para operação no Norte, Centro-Oeste e Sudeste.
As primeiras redes 4G estrearam no Brasil em maio de 2013, e naquela época o discurso da Vivo era um pouco diferente. Apenas planos específicos tinham acesso à nova tecnologia, e eles eram mais caros do que os pacotes aptos para o 3G.
É surreal comparar os preços e franquias com os dias de hoje: naquela época, o plano mais básico da Vivo com 4G tinha 2 GB de dados e apenas 60 minutos de ligações locais pelo custo mensal de R$ 149. O maior pacote tinha 6 GB (!!!), com preços iniciando em R$ 269 ao mês.
Foi só no final de 2014 que a Vivo liberou o acesso ao 4G para clientes com plano pré-pago ou controle, o que representa um hiato de quase um ano e meio. A tele passou a cobrar R$ 41,90 por mês num plano com incríveis 250 MB de internet 4G, SMS à vontade e ligações ilimitadas (mas só para clientes da própria Vivo).
Além de planos específicos, outra barreira de acesso ao 4G foi a necessidade de troca dos chips. Clientes da TIM, Vivo e Oi precisaram substituir os SIM Cards para utilizar a quarta geração; a Claro já utilizava uma tecnologia mais moderna que não exigia o upgrade.
Ainda bem que o tempo passa.
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