Como usar o iFood de forma segura e evitar golpes
Usa o iFood com frequência? Saiba como evitar golpes pela plataforma para proteger seus dados e fugir de problemas que podem custar caro
Usa o iFood com frequência? Saiba como evitar golpes pela plataforma para proteger seus dados e fugir de problemas que podem custar caro
O iFood tem sido usado para aplicar diversos tipos de golpes. Por mais que a plataforma trabalhe ativamente para evitar problemas como esse, vem se tornando comum o relato de pessoas que, de alguma forma, se tornaram vítimas de criminosos. No entanto, com alguns cuidados, é possível diminuir as chances de sofrer roubos pelo app. Abaixo, vou te mostrar algumas dicas de como usar o iFood de forma segura.
Antes de saber como se proteger, é importante conhecer os golpes mais famosos aplicados através da plataforma. Assim, caso passe por uma situação como essa, poderá identificar o problema antes de sofrer a fraude.
Esse é o golpe mais recente que vem afetando diversos usuários do iFood. O novo “esquema” funciona assim: o entregador pede o número de telefone da vítima alegando que precisa da localização, pois está perdido.
Com esse número em mãos, o golpista consegue identificar os últimos quatro dígitos do celular, que normalmente é o código de segurança do iFood. Assim, ele confirma que fez a entrega mesmo sem ter feito, causando prejuízo ao cliente que não recebe o pedido.
Outro golpe comum é o de falsas promoções ou brindes. Para realizá-lo, os criminosos enviam uma mensagem privada em uma rede social anunciando uma oportunidade “imperdível” (como um cupom de R$ 100) ou oferecendo suporte a quem reportou um erro nos perfis do iFood.
Em seguida, os fraudadores, se passando por uma página oficial da empresa, pedem o e-mail ou telefone do cliente e o código de confirmação que o iFood envia por SMS, WhatsApp ou e-mail (esse procedimento existe para confirmar a identidade do verdadeiro dono).
O golpista alega que o objetivo é “validar” a suposta promoção ou completar o suporte, mas o real intuito é acessar a conta do usuário, já que ele precisa do código de confirmação — que funciona como uma senha de uso único — para complementar o login.
Após entrar no perfil, o criminoso pode utilizar os benefícios disponíveis, como saldo em carteira, iFood Card, iFood Benefícios e cupons, além de conseguir validar cartões clonados ou até realizar compras com cartões de outras pessoas.
Talvez esse seja o mais conhecido e, infelizmente, o que faz mais vítimas. O golpe da maquininha no iFood funciona assim: o criminoso entra em contato com o cliente pelo chat ou por telefone dizendo que houve um problema no pedido, como um acidente com o entregador ou defeito na moto, por exemplo.
Durante a conversa, ele afirma que será preciso acionar outro entregador e que, para isso, o cliente deverá pagar uma taxa extra no ato da entrega. O golpe acontece quando o usuário passa o cartão na maquininha, pois ela está adulterada e o valor cobrado é muito superior ao informado pelo suposto entregador.
Normalmente, esse tipo de roubo acontece de duas formas: o visor da máquina é adulterado ou o golpista tem um aplicativo no celular para receber um valor diferente do informado. Por exemplo: R$ 5 aparece no visor da maquininha, mas a quantia real é de R$ 3.035.
Como os números foram adulterados, o cliente não consegue saber quanto foi efetivamente lançado e acaba autorizando a transação, gerando sem querer o golpe da maquininha.
A primeira dica para diminuir as chances de sofrer golpes no iFood é nunca compartilhar seu número de telefone com entregadores. Fazendo isso, você evita que possíveis criminosos tenham acesso ao código de confirmação da plataforma que, geralmente, são os últimos quatro dígitos do celular.
Sem esse código, os golpistas não podem finalizar o pedido sem ter feito a entrega. Caso precise entrar em contato com o cliente para informar atrasos ou problemas, o entregador/restaurante deve usar o chat fornecido pelo aplicativo e não meios alternativos que forcem o usuário a revelar seu número.
O iFood não solicita dados pessoais dos usuários por redes sociais, como e-mail, senhas ou códigos de confirmação.
Por isso, se algum perfil com a identidade visual da empresa mandar uma mensagem privada pedindo que você envie algum desses dados para, supostamente, liberar um cupom de desconto, denuncie e bloqueie a conta imediatamente.
O aplicativo tem suas redes sociais, como Twitter, Instagram e Facebook, mas todas elas podem ser identificadas pelo selo azul de verificação. Caso precise de algum suporte, recorra apenas aos canais oficiais.
De maneira alguma aceite o pagamento de taxas extras. Afinal, se você já pagou por um pedido (incluindo o valor da entrega), por que teria que desembolsar outra quantia para recebê-lo?
Se o entregador enviar uma mensagem no chat ou por telefone dizendo que será preciso realizar mais um pagamento, cancele o pedido e informe a tentativa de golpe via chat.
“É fundamental informar o iFood pelo chat imediatamente, para que a empresa possa avaliar o que aconteceu. E, se for o caso, desativar o cadastro do suposto entregador, com base nos Termos e Condições da plataforma”, explica Vanessa Avena, coordenadora de operações do iFood.
Quando o pedido chegar, leve seu celular para receber a notificação de quanto foi realmente pago e peça o comprovante impresso para conferir o valor. Além disso, fique atento a quantia inserida pelo entregador na maquininha e não realize o pagamento se o equipamento estiver com o visor quebrado (dificultando a visualização) ou apagado.
Caso a máquina recuse o pagamento e o entregador peça para passar outro cartão, solicite o comprovante de transação negada ou verifique no aplicativo do banco para confirmar se o valor realmente não foi autorizado antes de usar um segundo plástico.
Segundo a página de Declaração de Privacidade do iFood, a empresa adota medidas de segurança para proteger os dados pessoais de acessos não autorizados, incluindo técnicas de criptografia, monitoramento e testes de segurança periódicos. A comunicação do CPF é opcional e só é aplicável quando a sua indicação for necessária para certos estabelecimentos com finalidade fiscal.
As informações de pagamento online no iFood são armazenadas de forma mascarada. Portanto, os dados completos dos cartões não ficam salvos no banco de dados da empresa, impedindo que qualquer pessoa tenha acesso aos números para realizar compras não autorizadas. No entanto, o recomendado é cadastrar um cartão virtual por ser mais prático e seguro.
É possível solicitar um reembolso pelo próprio app. Ainda assim, vale lembrar que nem sempre o estorno será concedido, pois cada caso exige um mecanismo e uma análise específica para evitar situações injustas para o cliente e para o restaurante.