Proibição do TikTok barraria anúncios e distribuição em lojas de apps
Documentos da Casa Branca revelam planos para sanções feitas à rede social controlada pela chinesa ByteDance
Documentos da Casa Branca revelam planos para sanções feitas à rede social controlada pela chinesa ByteDance
Novas informações sobre o embate entre o governo dos Estados Unidos e o TikTok detalham quais seriam os impactos práticos da medida assinada pelo presidente Donald Trump na última semana. De acordo com a Reuters, um documento da Casa Branca indica que as principais consequências seriam a suspensão da distribuição do TikTok em lojas de aplicativos americanas e a proibição de publicidade na rede social.
Para o especialista em segurança cibernética do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais dos EUA, James Lewis, tais sanções implicariam na morte do TikTok nos Estados Unidos, já que a plataforma estaria fora das principais lojas de dispositivos móveis, a App Store e a Play Store. A Apple e a Alphabet não se pronunciaram sobre o assunto.
Caso o cenário se confirme, as medidas teriam forte impacto no crescimento do número de usuários da rede social. O TikTok é bastante popular em território americano, com mais de 100 milhões de usuários ativos somente nos Estados Unidos.
Apesar das sanções, advogados afirmam que a ordem de Trump não pode obrigar os usuários a desinstalarem o aplicativo dos smartphones. Além disso, o governo não seria capaz de impedir o download a partir de sites estrangeiros.
Em contrapartida, o TikTok afirma que está estudando processar os EUA por faltas de evidências que justifiquem o banimento da rede social. Se a empresa não entrar com nenhum recurso para reverter o processo, as restrições começam a valer a partir de 20 de setembro.
Enquanto o TikTok corre contra o tempo para explorar brechas nas ordens executivas de Donald Trump, a gigante Microsoft lidera as negociações para a compra do TikTok em todo o mundo – com exceção da China, onde a versão local, Douyin, ainda ficaria sob a administração da startup ByteDance. O Twitter também teria tentando entrar na briga para assumir a operação da plataforma, porém o valor alto da transação pode ser um impeditivo para que a empresa siga da disputa.
De acordo com o presidente dos Estados Unidos, a rede social poderia deixar de ser alvo de suas ações em caso de venda para uma empresa “grande”, “segura” e “muito americana”. Não se sabe, porém, qual seria a conduta de outros países se a transação for concluída – o app também é investigado na França por possível infração na regulamentação europeia de proteção de dados.
Com informações: Reuters