Testamos o Pix em fase restrita com transferências em 1 segundo

A transferência feita com Pix funcionou e foi rápida, mas senti que a interface do aplicativo do meu banco é um pouco confusa

André Fogaça
• Atualizado há 1 ano e 5 meses

O Pix só será liberado para todos os brasileiros a partir do dia 16 de novembro, mas desde o dia 3 deste mês alguns correntistas de bancos ou fintechs podem testar a nova forma de transferência. Eu aparentemente estou na lista de testes do banco onde tenho conta e o processo foi rápido, mas não tão simples assim.

Eu tenho conta em quatro bancos diferentes, sendo duas fintechs, um banco e uma divisão de outro banco tradicional. Dando nome aos bois, as contas estão no Santander, Next (braço digital do Bradesco), Nubank e C6, cada um deles conta com ao menos uma chave para o Pix. Sim, é uma zona com CPF, e-mail e celular para todo lado – ao menos o dinheiro sempre cairá em alguma conta que eu movimento.

O Santander é o banco onde acontece a maior parte das minhas transações, seja de chegada ou mesmo distribuição de valores para as outras contas – basicamente para pagamento de cartão de crédito de cada instituição. Pois bem, essa história toda está aqui para explicar a minha surpresa.

Existem dois caminhos até o Pix

O banco onde minha conta é mais antiga é o Santander e foi nele que notei a possibilidade do Pix. Chegar até a opção de Pix é simples, mas não acontece onde as transferências bancárias ficam no aplicativo. Eu sempre faço transferências e o caminho normal é: Menu lateral > Transações > Transferência. Dentro desta parte ainda estão disponíveis apenas TED e DOC.

Eu notei a presença do Pix em outro lugar: pagamento de conta, dentro do botão “Pagar”. Ok, faz sentido, o Pix pode ser utilizado como pagamento para alguma pessoa. Imagine que seu vizinho faz bolinhos no pote, você pode pagar o bolo utilizando este método de pagamento.

Neste momento a curva de aprendizado aparece e notei que existe um botão chamado “Pix” na tela inicial, longe da parte de transferências. Nela está a opção para ler um código QR e efetuar o pagamento, ou então transferir o dinheiro para outra conta com ajuda de uma das chaves – CPF/CNPJ, número do celular, e-mail, agência e conta, ou chave aleatória.

A chave aleatória é composta por 182 caracteres com números sem muito significado, mas dentro do texto (que pode estar em um código QR) eu encontrei meu endereço de e-mail cadastrado no Santander como chave do Pix, além do meu nome completo. Estes dois dados estão abertos para quem colar o código em algum lugar.

O Pix chegou em um segundo

Se você utilizar uma chave para efetuar o Pix, como o CPF, a tela seguinte exibe o nome completo do destinatário, junto de parte do CPF e a instituição bancária cadastrada. É possível adicionar uma informação, como “pagamento do bolo” e que fica visível para ambas as partes.

Uma segunda tela com todas as informações sobre o pagamento é exibida, o que me parece uma forma extra para evitar a transferência para outra pessoa. É possível ver a lista de Pix feitos ou recebidos, mas senti a falta de um botão de ajuda para quem fez a transação para a pessoa errada.

Por regra não é possível reverter um pagamento por Pix, então é bom prestar atenção e o banco, ao menos no meu caso, ofereceu três toques no “Ok” para que você consiga ler atentamente os dados inseridos.

O tempo para o dinheiro sair da minha conta e chegar no destino é de até 10 segundos e ele aconteceu em um segundo, a informação fica visível nos comprovantes de envio e de recebimento. A notificação do banco recebedor levou exatos 10 segundos para aparecer no outro celular, eu contei.

De qualquer forma, a experiência foi ótima. Só falta inserir o Pix dentro da parte de transferências, mantendo a presença dele na parte de pagamentos como está aqui.

Leia | Como pagar compras na Amazon com Pix

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.