Vivo tem queda de 44,6% no lucro mesmo com crescimento de receitas
Operadora tem salto em faturamento e número de clientes com compra da Oi Móvel, mas dívidas do leilão do 5G prejudicam resultado financeiro
Operadora tem salto em faturamento e número de clientes com compra da Oi Móvel, mas dívidas do leilão do 5G prejudicam resultado financeiro
A Telefônica, dona da Vivo, divulgou seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2022, e eles ficaram abaixo do esperado. A empresa teve uma queda de 44,6% no lucro líquido na comparação com o mesmo período do ano anterior, ficando em R$ 746 milhões. As receitas até foram bem, com números 11,1% maiores, mas os custos tiveram um crescimento acelerado, com o endividamento pela aquisição das licenças do 5G.
Confira abaixo os principais indicadores da Vivo para o 2º trimestre de 2022 e o comparativo com o mesmo período do ano anterior:
Indicador | 2° trimestre de 2022 | 2° trimestre de 2021 | Diferença |
---|---|---|---|
Receita operacional líquida | R$ 11,831 bilhões | R$ 10,649 bilhões | +11,1% |
Lucro líquido | R$ 746 milhões | R$ 1,345 bilhão | -44,6 % |
Número de clientes (total de acessos) | 113,706 milhões | 96,721 milhões | +17,6% |
Como destaca o InfoMoney, o mercado financeiro esperava um lucro líquido maior. A projeção da Refinitiv era de R$ 1,145 bilhão.
A Telefônica/Vivo, porém, destaca o crescimento do EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente. Nessa métrica, a companhia teve um crescimento de 8,3%, puxado pelo setor móvel da operadora, e ficou em R$ 4,578 bilhões.
Uma parte do crescimento de 11,1% nas receitas líquidas se deu pela aquisição da Oi Móvel. Sem esse efeito, a variação em relação ao ano anterior foi de 7,6%.
Outro número que deu um salto graças à compra da antiga concorrente foi o de acessos móveis. Ele passou de 81 milhões para 99 milhões, um crescimento de 23% na comparação com o semestre anterior.
A Telefônica/Vivo também ressalta o aumento da taxa de juros, a inflação e o aumento de gastos com pessoal no período, que tiveram impacto nos custos e no resultado financeiro.
A empresa tem uma dívida líquida de R$ 12,226 bilhões, 191,7% a mais que em 2021.
Com informações: InfoMoney.
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