Trump e seus apoiadores já foram banidos em mais de 10 plataformas
Donald Trump foi banido do Twitter e suspenso do Facebook; YouTube, Reddit e TikTok removem contas e conteúdo de apoiadores
Donald Trump foi banido do Twitter e suspenso do Facebook; YouTube, Reddit e TikTok removem contas e conteúdo de apoiadores
Facebook e Instagram começaram suspendendo Donald Trump por tempo indeterminado; depois o Twitter baniu de vez o perfil oficial. Neste final de semana, os dominós continuaram a cair: Twitch e Snapchat desativaram a conta do presidente americano, enquanto Reddit, TikTok e Pinterest colocaram restrições aos apoiadores dele. Reunimos a seguir as plataformas que tomaram alguma medida após a invasão ao Capitólio dos EUA.
O Twitter baniu Trump na noite de sexta-feira (8), dizendo que a conta viola sua Política contra Glorificação da Violência.
A rede social também removeu as contas de Michael Flynn, ex-assessor de segurança nacional; da advogada Sidney Powell, que disseminou teorias falsas sobre fraude nas eleições presidenciais dos EUA; e de Ron Watkins, que administra o fórum 8kun, antes conhecido como 8chan. Todos eles apoiam Trump e promovem a teoria da conspiração QAnon.
O Facebook suspendeu Trump por tempo indeterminado, pelo menos até que Joe Biden assuma o cargo no dia 20 de janeiro. O Instagram seguiu a mesma política.
“Acreditamos que os riscos de permitir que o presidente continue a usar nossos serviços durante este período são simplesmente grandes demais”, disse o CEO Mark Zuckerberg.
As duas redes também estão removendo posts que apoiem a invasão ao Capitólio dos EUA, ou que tentem organizar novas invasões do tipo, além de banir teorias da conspiração que induzam à violência, caso do QAnon.
O canal oficial de Trump na plataforma de streaming Twitch foi desativado. “Dadas as atuais circunstâncias extraordinárias e a retórica incendiária do presidente, acreditamos que este é um passo necessário para proteger nossa comunidade e evitar que o Twitch seja usado para incitar mais violência”, disse a empresa, que pertence à Amazon, em comunicado.
O Snapchat usou um argumento semelhante para encerrar a conta do presidente, afirmando que ela era usada para promover ódio e incitar violência.
Google e Apple não tomaram nenhuma medida direta contra Trump, mas baniram o Parler, rede social alternativa bastante usada pelos apoiadores do presidente americano. A Amazon, por sua vez, cortou acesso do app à nuvem AWS, impedindo-o de funcionar pelos próximos dias – mas ele promete voltar.
O YouTube passou a implementar uma regra que permite remover qualquer canal que propagar desinformação sobre as eleições dos EUA, incluindo o perfil oficial de Trump – que ainda permanece no ar.
Enquanto isso, o canal War Room de Steve Bannon foi banido na sexta-feira (8): o ex-estrategista-chefe da Casa Branca vinha incitando ações violentas há meses e alegando que a eleição foi roubada de Trump.
Trump não tem uma conta oficial no Reddit, mas o site hospedava a comunidade r/DonaldTrump que apoiava o presidente e disseminava teorias falsas do #StopTheSteal sobre fraude nas eleições. O grupo foi banido na sexta-feira, porque as políticas de uso “proíbem conteúdo que promove ódio ou estimula, glorifica, incita ou pede violência”, diz a empresa.
O Discord, por sua vez, decidiu banir o servidor The Donald. “Embora não haja evidências de que ele tenha sido usado para organizar os tumultos de 6 de janeiro, o Discord decidiu banir o servidor inteiro hoje devido à sua conexão aberta a um fórum online usado para incitar violência e planejar uma insurreição armada nos EUA”, explica a empresa em comunicado.
Trump definitivamente não tinha um perfil oficial no TikTok, e na verdade queria que o app de origem chinesa fosse vendido para uma empresa americana, sob pena de ser banido – o que não aconteceu.
Em vez disso, o TikTok se comprometeu a remover “conteúdo ou contas que tentem incitar, glorificar ou promover violência”, além de redirecionar hashtags como #StormTheCapitol e #PatriotParty para suas diretrizes de comunidade.
O Pinterest fez algo semelhante: na verdade, a rede social vinha limitando hashtags como #StopTheSteal desde novembro e “continua a monitorar e remover conteúdo nocivo, incluindo desinformação e teorias da conspiração que possam incitar violência”.
A Stripe não vai mais processar pagamentos para a campanha eleitoral de Trump, que ainda está arrecadando dinheiro. E a plataforma de e-commerce Shopify derrubou duas lojas associadas ao presidente por violarem suas políticas sobre promover violência.
Com informações: Axios.