Bloqueio de celulares piratas começa em 2014
Anatel diz que medida irá procurar menor impacto aos usuários.
Anatel diz que medida irá procurar menor impacto aos usuários.
No ano passado as quatro grandes operadoras brasileiras resolveram tomar uma atitude contra a grande quantidade de celulares piratas na rede. São aqueles falsificados, de qualidade duvidosa e que ocupam estimados 20% da base total de assinantes. Na época, o bloqueio desses aparelhos ainda estava sendo discutido. Agora a Anatel deu permissão para as operadoras seguirem adiante, implementado o sistema de bloqueio já no ano que vem.
O plano, por sinal, continua o mesmo: o bloqueio será feito pelo IMEI do aparelho, o que seria considerado o seu RG. Uma entidade chamada ABR Telecom, a mesma responsável pela portabilidade numérica, vai capturar o IMEI assim que o celular se conectar à rede de quaisquer das operadoras e verificar sua procedência. Se for um IMEI de um celular original e homologado no Brasil, o uso da rede (o que pode incluir tanto ligações como acesso à rede de dados) é permitida. Caso contrário, o celular não vai poder acessar a rede.
Como o plano aparentemente continua igual, o problema principal dele também permanece: aparelhos ainda não homologados no Brasil não poderão funcionar por aqui, já que o IMEI deles não vai constar na base de dados consultada pelo sistema implementado.
Ou ao menos é isso que está no papel. Na prática, pode ser um pouco diferente: quando questionada sobre o sistema de bloqueio, a assessoria de comunicação da Anatel disse o seguinte:
A montagem do sistema de análise de terminais não certificados está em fase inicial e as definições sobre as ações a serem tomadas ainda estão sendo elaboradas. Entretanto, qualquer medida adotada sempre irá procurar menor impacto aos usuários dos serviços.
A declaração da agência sugere que o sistema pode ser mais inteligente do que achamos. E considerando que as operadoras têm mais de um ano para desenvolver e implementá-lo na sua rede, talvez o impacto seja mesmo bem pequeno. É mais um caso de esperar para ver.
Com informações: Folha.