‘Copa das Selfies’: mais de 26 terabytes foram trafegados em internet móvel nos estádios
Teve Copa sim! E teve muita Copa: as operadoras de telefonia celular registraram enormes resultados quanto ao uso de suas redes. Durante o período do Mundial, o tráfego de dados registrado nos jogos atingiu a marca de 26,7 terabytes. O valor equivaleria a 48,5 milhões de fotos com tamanho médio de 0,55 MB.
O SindiTelebrasil, sindicato que representa as operadoras de telefonia, divulgou o tráfego de dados das principais partidas. A final entre Alemanha e Argentina no Maracanã registrou o recorde de todas as partidas da Copa do Mundo: foram 1,4 terabytes apenas nessa partida. Aliás, ela quase ultrapassou a marca do Super Bowl: a final do campeonato de futebol americano, que ocorreu em fevereiro, registrou um tráfego de 1,6 terabytes em redes celulares.
Entretanto, o tráfego de dados poderia ter sido ainda maior. Conversei com alguns torcedores que foram prestigiar as seleções nos jogos da Copa do Mundo, e o funcionamento do celular não foi o mesmo para todo mundo. O engenheiro Felipe Braga assistiu a partida entre Grécia e Costa Rica na Arena Pernambuco, em Recife, e disse que o 3G ficou um pouco lento, mas que funcionou normalmente na operadora Oi. A experiência foi um pouco diferente para Jorge Paulo Jr., que conta que o 4G da Vivo funcionou muito bem no Estádio Mané Garrincha, em Brasilia, mas não havia sinal algum de 3G.
Aliás, a tecnologia 4G teve uma participação interessante nos estádios: 25% de todo o tráfego foi realizado nas redes LTE das operadoras – um valor um tanto interessante para redes recém-inauguradas e pouco compatíveis com celulares de estrangeiros. Quem utilizava 4G nos estádios se beneficiava por ficar fora da lentidão, uma vez que a rede estava muito menos congestionada que 3G e 2G.
Para suportar todo esse tráfego de dados, as operadoras instalaram 4.738 antenas para os estádios. Nem todos eles, entretanto, permitiram a instalação das antenas em seu interior por questões de atraso na construção ou por pura burocracia. Mesmo assim, a nova infraestrutura irá servir bem para o futuro: antes da Copa, era bem comum assistir algum jogo dos campeonatos nacionais e regionais e ficar sem conexão. Pode até ser que fique sem conexão novamente, mas a capacidade atual já é bem maior e o congestionamento de rede, portanto, será menor.