Crise de chips, fim da LG Mobile e mais: os 5 principais fatos sobre gadgets em 2021
2021 foi palco de crises e grandes inovações no mercado de eletrônicos de consumo; relembre o que marcou o ano no mundo dos gadgets
2021 foi palco de crises e grandes inovações no mercado de eletrônicos de consumo; relembre o que marcou o ano no mundo dos gadgets
Os impactos da pandemia de COVID-19 persistiram em 2021. Ao longo dos últimos meses, as fabricantes de celulares, computadores e até de carros lidaram com a escassez de semicondutores, fenômeno que refletiu diretamente nos preços de eletrônicos. O mundo também presenciou o fim da LG Mobile neste ano depois que a companhia anunciou que iria parar de produzir e vender celulares em todos os países.
Mas não é só isso. Tanto a Xiaomi quanto a Samsung tiveram uma participação especial neste ano, seja lançando muitos celulares ou até mesmo deixando um clássico sem nova geração: o Galaxy Note. Confira esses e outros fatos sobre gadgets que marcaram 2021 e relembre os principais acontecimentos a seguir.
A escassez de semicondutores não é uma novidade de 2021. Mas o assunto não saiu dos noticiários nos últimos meses. Peguemos fevereiro como exemplo, pois bem no comecinho do ano já falávamos que a crise duraria até 2022 e afetaria os preços de consoles, PCs e celulares. No fim das contas, até a produção de carros foi afetada.
Porém, vamos focar nos gadgets. 2021 foi um ano definitivamente complicado para a indústria, até mesmo para empresas grandes. A Apple, por exemplo, teve que cortar a produção de iPads para garantir chips para o iPhone 13. Em maio, o The Elec reportou que a Samsung estava com dificuldades para encontrar processadores para o Galaxy A52, A52 5G e A72. Não à toa, surgiu o Galaxy A52s 5G meses depois com outro chip.
E por falar em relançamento, esta foi uma das marcas registradas desse período de escassez. Além disso, o Brasil foi o país da América Latina que mais sentiu os impactos da crise. E, é claro, os preços dos celulares subiram consideravelmente nos últimos meses devido à falta de semicondutores.
O ano também foi marcado pela despedida aos celulares da LG. Em abril, a companhia anunciou que iria encerrar a sua divisão de celulares no mundo todo até julho de 2021. No lugar, a fabricante sul-coreana se dedicaria no desenvolvimento de dispositivos para casa, inteligência artificial e afins.
A medida veio a público após um longo período de prejuízos da empresa. Em um levantamento feito pelo Tecnoblog no ano passado, a LG acumulou um prejuízo de US$ 3,44 bilhões somente com a divisão mobile. Além disso, a companhia até tentou vender o setor. Mas ninguém quis comprar a LG Mobile no fim das contas.
A decisão teve grandes reflexos no Brasil. Antes mesmo do anúncio oficial, os trabalhadores da fábrica de Taubaté (SP) entraram em greve. Depois, a companhia informou que iria transferir a produção de notebooks e monitores do estado de São Paulo para a unidade de Manaus (AM). Na época, teve até pedido de estatização da fábrica por parte do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
A LG também foi notificada pelo Procon-SP para explicar o fim da divisão mobile. Mas as respostas da fabricante a entidade de defesa do consumidor foram consideradas como insatisfatórias. Todavia, a marca sul-coreana prometeu atualizar alguns de seus celulares até o Android 13. Confira a lista.
Tradicionalmente, a Samsung anuncia a nova geração do Galaxy Note em agosto. Mas este não foi o caso de 2021: em vez do sucessor do Galaxy Note 20 e Galaxy Note 20 Ultra, a companhia apresentou os celulares dobráveis Galaxy Z Flip 3 e Galaxy Z Fold 3. Enquanto isso, o futuro da família de smartphones premium com a caneta S Pen embutida permanece no mistério.
E não foi por falta de aviso. Depois dos rumores de 2020, o co-CEO da companhia responsável por celulares e equipamentos de rede, DJ Koh, avisou em uma reunião com investidores que a nova geração só seria lançada em 2022. Ainda assim, talvez nem esta previsão seja concretizada no ano que vem.
Enquanto isso, a Samsung levou características da linha para outros celulares. Em janeiro, por exemplo, a empresa anunciou o Galaxy S21 Ultra com suporte à S Pen, ainda que a caneta fosse vendida separadamente. O novo Galaxy Z Fold 3, revelado em agosto, também permite o uso da tecnologia. Mas o usuário também precisa adquirir o acessório (e o carregador) à parte.
O Wear OS é o sistema operacional do Google para wearables. Em maio e em parceira com a Samsung, a companhia anunciou uma atualização que promete resolver um dos maiores gargalos do software: a duração da bateria. A nova versão também agregou melhorias no desempenho, além ganhar novos recursos de saúde e ficar mais próximo das tecnologias de saúde e bem-estar da Fitbit.
O sistema também ganhou uma casa nova. Em 2021, a Samsung abriu mão do Tizen e deu a vez ao Wear OS 3, que marca presença nos novos Galaxy Watch 4 e Galaxy Watch 4 Classic sob a interface One UI Watch. As gerações anteriores do relógios da marca sul-coreana, no entanto, não receberam a mudança. Ainda assim, a Samsung prometeu três anos de update aos modelos mais antigos.
A outra questão é que esses são os únicos relógios do mercado com acesso ao novo Wear OS. Isto porque o update até vai chegar em smartwatches de outras fabricantes, mas somente no segundo semestre de 2022. Além disso, será que nem os modelos da Samsung: somente os lançamentos mais recentes receberão a nova versão, e mesmo assim através de uma atualização no futuro.
O ano também foi bem movimentado. E não é só porque a companhia lançou mais de cinquenta celulares em 2021: a fabricante também abandonou a marca “Mi”, bastante conhecida por aparecer nos modelos mais avançados e inovadores da marca. E a mudança já deu as caras em alguns lançamentos, como o Xiaomi Mix 4, Xiaomi 11T e, claro, no Xiaomi 12.
Os últimos meses também foram marcadas por propostas inovadoras. No fim de janeiro, a companhia revelou o conceito de um carregador à distância, o Mi Air Charge. Também houve a apresentação dos óculos inteligentes com câmera e tela microLED da marca, o Xiaomi Smart Glasses, em setembro.
Algumas inovações chegaram aos consumidores através de smartphones. É o caso do Xiaomi Mix 4 que foi anunciado com câmera frontal sob a tela e recarga de 120 watts. A companhia também lançou o seu primeiro celular dobrável em março: o Mi Mix Fold, um dos modelos mais caros do portfólio da marca.