O que é a tecnologia MiniLED utilizada em TVs e monitores
MiniLEDs contribuem para cores mais precisas e melhoram o contraste de telas LCD; saiba como funciona essa tecnologia

MiniLEDs contribuem para cores mais precisas e melhoram o contraste de telas LCD; saiba como funciona essa tecnologia
MiniLED (“diodo emissor de luz em miniatura”) é uma tecnologia usada no backlight de TVs, monitores e notebooks. Sua aplicação gera imagens com maiores contrastes e precisão de cores em telas LCD.
A TCL apresentou a primeira TV MiniLED do mundo em 2019. Painéis MiniLED também são encontrados em produtos de marcas como LG, Samsung e Philips. São exemplos as linhas Samsung Neo QLED, LG QNED MiniLED. Até mesmo a Apple implementou miniLED no MacBook Pro.
O que é backlight?
Cristais líquidos não geram iluminação própria, ao contrário de displays OLED. Por isso, telas LCD precisam de uma fonte de luz traseira, o backlight.
A camada de miniLED fica atrás de um painel LCD (cristais líquidos). Ali, os minúsculos LEDs que formam o backlight são ativados por uma corrente elétrica conforme o conteúdo a ser exibido na tela. Pontos claros na imagem ganham iluminação proporcionalmente mais intensa. Pontos escuros recebem menos luz.
Cada miniLED pode medir de 0,1 a 0,2 milímetro (ou de 100 a 200 micrômetros). Por serem muito menores que LEDs convencionais, é possível colocar uma grande quantidades deles no painel, o que permite aumentar o nível de brilho da tela.
Vale ressaltar que, em muitas TVs e monitores, há uma camada de pontos quânticos (quantum dots) entre o painel de miniLEDs e o cristal líquido. Essa camada adicional contribui para a tela exibir cores vibrantes e melhorar o nível de contraste (a diferença entre os tons mais claros e os mais escuros).
A tecnologia MiniLED oferece maior controle sobre as áreas de iluminação, evitando o “backlight bleeding” (quando a iluminação “invade” pixels ao redor).
Esse controle é feito com a divisão dos miniLEDs em blocos ou zonas de escurecimento local (local dimming). Elas são sincronizadas com o conteúdo da tela de modo que cada ponto receba luz na medida certa.
Como exemplo, imagine a cena de uma noite com lua cheia. Para exibir essa imagem corretamente, a tela miniLED aumenta a luz das zonas correspondentes à lua, deixa os pontos ao redor desta com pouca iluminação e mantém áreas nos extremos com ainda menos LEDs ativados.
A quantidade de miniLEDs varia de acordo com as dimensões da tela e o modelo do equipamento. Mas, de modo geral, fica na casa dos milhares. Por exemplo, muitas TVs LG QNED MiniLED têm por volta de 30.000 miniLEDs agrupados em cerca de 2.500 zonas para luz de fundo.
O MiniLED é usado para resolver problemas comuns a LCDs mais baratos ou antigos, que usam backlight de lâmpadas fluorescentes (CCFL) ou LEDs convencionais. Listamos as vantagens da tecnologia a seguir:
Além de serem mais caros do que LCDs convencionais, TVs e monitores com painéis MiniLED não estão totalmente imunes aos problemas das telas de cristal líquido. As desvantagens, especialmente quando comparados a telas OLED, são:
A tecnologia miniLED é usada como luz de fundo (backlight) de telas LCD. Já painéis MicroLED formam pixels autoemissivos, com iluminação própria, funcionando de forma mais semelhante a telas OLED. Além disso, TVs microLED costumam ter preço mais alto do que dispositivos MiniLED por causa da fabricação mais complexa.
É improvável. À Harvard Health Publishing, o Dr. David J. Ramsey, especialista em doenças da retina, explica que a quantidade de luz azul (mais brilhante) emitida por telas de LED não é grande o suficiente para causar danos aos olhos. Mas a luz azul pode interferir em seu ciclo circadiano. Por isso, é recomendável evitar o uso de telas antes de dormir.