USB-C como padrão e mais: os cinco principais fatos sobre gadgets em 2022
Além da exigência da porta USB-C na Europa, a Apple abandonou o notch do iPhone em 2022; confira os principais acontecimentos do setor nos últimos meses
Além da exigência da porta USB-C na Europa, a Apple abandonou o notch do iPhone em 2022; confira os principais acontecimentos do setor nos últimos meses
Em 2022, a União Europeia decidiu que o USB-C será considerado um padrão entre celulares, tablets e outros gadgets, determinando o possível fim do conector Lightning no iPhone. Mas este não é o único acontecimento que chacoalhou o mercado de gadgets: além dos celulares da Motorola e da Xiaomi com câmeras de 200 megapixels, o polêmico notch foi deixado de lado com a estreia do iPhone 14 Pro.
Esses e outros momentos deram o que falar ao longo dos últimos meses. A seguir, conheça cinco fatos que se destacaram em 2022.
Não há como negar: o iPhone é um ótimo celular. Mas ele tem um empecilho que incomoda até mesmo donos de iPad: a porta Lightning.
Esta situação, no entanto, está perto de chegar ao fim.
Já faz muito tempo que a União Europeia pensa em padronizar os carregadores de celular. Essa vontade ganhou tração em 2021.
Tempos depois, a medida se tornou realidade.
Primeiro, em junho, a Comissão Europeia chegou ao consenso de que o USB-C seria padrão em celulares e outros gadgets vendidos no continente. Depois, em outubro, bateram o martelo e o parlamento aprovou a lei.
A decisão não impactou muitas fabricantes de celulares, pois a maioria dos celulares Android da atualidade já contam com o conector. Além disso, raros são os lançamentos com microUSB, especialmente entre as marcas grandes.
No entanto, a Apple vai ter que lançar um iPhone com USB-C em breve, mesmo que seja contra a vontade dela. Caso contrário, não conseguirá comercializar seus produtos na região.
Toda essa discussão deu fôlego para outros países entrarem na pauta. E o Brasil não ficou de fora: em junho, a Anatel abriu uma consulta pública sobre a padronização dos carregadores de celular.
Algumas empresas brasileiras também já estão se preparando para adotar o USB-C em todos os seus produtos.
O fim do conector Lightning, que praticamente já nem existe mais nos iPads, é uma mudança para um futuro próximo.
Porém, em 2022, a Apple começou a ceifar outra característica marcante dos seus produtos: o notch.
Pois é, o polêmico recorte do iPhone X, apresentado em 2017, foi deixado de lado com a estreia do iPhone 14 Pro. Isto não significa, porém, que a tela do lançamento não possui interferências.
No lugar do entalhe, a Apple colocou um furo em forma de pílula. Mas há uma vantagem por trás disso: este elemento de hardware conversa com o software do celular e oferece o Dynamic Island.
Em uma breve explicação, trata-se de uma área fluida ao redor do recorte usada para apresentar notificações e outras informações corriqueiras.
O novo painel também pode ser utilizado para outras funções. Peguemos o Apple Music como exemplo: ao reproduzir a música, a pílula exibe uma miniatura do disco no canto direito.
Porém, se tocar na área, um pequeno player de música vai aparecer para você controlar a mídia sem interromper o que está fazendo.
Esta é uma das muitas funções que a Dynamic Island oferece. Também é possível acompanhar o timer, progresso de transferências pelo AirDrop, atender ou rejeitar ligações e receber outras informações pela área ao redor do entalhe.
Ah, claro, os desenvolvedores também poderão aproveitar o recurso com as APIs do iOS.
A expectativa é de que o elemento seja aplicado em modelos mais acessíveis no futuro.
As câmeras de celulares ganharam mais atenção em 2022.
Após o lançamento de sensores de 200 megapixels, foi a vez de levá-los aos smartphones.
Tudo começou com o Motorola Edge 30 Ultra. Anunciado em setembro, o celular possui câmera tripla com o sensor principal de 200 megapixels. Depois foi a vez de o Xiaomi 12T Pro vir ao mundo com a mesma característica.
Os lançamentos expandem o patamar da fotografia em celulares. Mas isto não significa, necessariamente, que as fotos são feitas com esta resolução. Te explico!
Tanto o Motorola Edge 30 Ultra quanto o Xiaomi 12T Pro contam com o Isocell HP1, lançado em 2021. O sensor da Samsung se destaca pela tecnologia que junta dezesseis pixels de 0,64 μm em um de 2,56 μm, resultando em imagens de 12,5 megapixels.
Na prática, isto significa que o celular tira fotos com mais detalhes e é capaz de captar mais luz, ajudando os usuários em ambientes escuros. Outras combinações são possíveis, como a união de quatro pixels em um de 1,28 μm para imagens de 50 megapixels, por exemplo.
Todo o poder do sensor foi demonstrado pela própria Samsung, mas aproveitando a alta resolução. Em maio, a marca sul-coreana tirou fotos de um gato e imprimiu uma imagem gigante, com 28 metros de largura e 22 metros de altura, para demonstrar a beleza do felino.
Além de fofo, o experimento demonstrou como os celulares viraram equipamentos extremamente poderosos para fotografia.
Mas a Samsung ainda pretende dar novos passos em breve: além do Isocell HP3 revelado em junho e do Isocell HPX apresentado em outubro, a empresa pode apresentar o Galaxy S23 Ultra com 200 megapixels em 2023.
Depois do Wear OS, o Google deu uma atenção maior aos tablets neste ano.
Tudo começou com o Android 12L, anunciado no fim do ano passado. A atualização prometeu, entre outras melhorias, uma otimização aos dispositivos com telas grande, como tablets. Esse incremento também seria benéfico aos celulares dobráveis com tela grande, incluindo o Galaxy Z Fold.
Meses após o anúncio, o Google liberou a versão final da atualização em março. Entre as novidades, está uma barra de tarefas que aparece na porção inferior da tela, facilitando o uso da multitarefa. Assim, você poderá abrir outros aplicativos sem se direcionar à tela inicial, similar ao que já acontece com os computadores.
Esta mudança, por si, já faz uma diferença considerável. Mas também há outras implementações positivas, como as notificações com tela repartida em duas colunas, além das melhorias para executar dois ou mais apps simultaneamente.
Mais tarde, em setembro, a Samsung implementou as novidades nos seus tablets. Com a One UI 4.1.1, os dispositivos receberam a barra de tarefas que, como dono de um Galaxy Tab S7 FE, preciso admitir: faz toda a diferença para trabalhar.
Conferindo conforto e comodidade, os fones Bluetooth ganharam o gosto dos donos de smartphones. Mas ainda há barreiras a serem atravessadas, como o som lossless e o áudio espacial.
2022, felizmente, foi o ano em que estes obstáculos começaram a ser ultrapassados. Começando pela estreia do Galaxy Buds 2 Pro, anunciado em agosto de 2022, com a promessa de áudio HiFi de 24 bits. A lista de recursos ainda engloba o áudio 360º para garantir uma experiência de som mais imersiva.
A Huawei seguiu na mesma linha com a estreia do Huawei FreeBuds Pro 2 para o público brasileiro. O conjunto apresentado em setembro se destaca pelo suporte ao codec LDAC, que transmite arquivos de alta resolução (Hi-Res) ao máximo de 990 kb/s no Bluetooth.
A Qualcomm não ficou de fora. Em novembro, a fabricante apresentou novos chips para fones de ouvido, ambos com suporte ao aptX, codec proprietário da Qualcomm com qualidade de áudio lossless. A dupla ainda oferece áudio espacial.
Claro, tudo isso depende de um serviço que tenha suporte à alta qualidade. Por exemplo, o Spotify ainda não garante uma opção para ouvir músicas em lossless, diferentemente do Apple Music.
Por outro lado, mesmo esta alternativa, os donos de iPhone só podem aproveitar o avanço com fio. Isto porque nenhum AirPods, nem mesmo a nova geração dos AirPods Pro lançada em setembro, é compatível com o som HiFi.
Um banho de água fria para quem compra o AirPods Max, um headphone que custa R$ 6.590.
E você, teve algum momento marcante em 2022 que queira relembrar? Compartilhe as suas percepções sobre o ano que passou lá na Comunidade do Tecnoblog!
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