O que é OLED? Conheça as vantagens da tecnologia usada em telas
Telas OLED usam materiais orgânicos para emitir luz e formar imagens sem necessidade de backlight; entenda vantagens e desvantagens da tecnologia
Telas OLED usam materiais orgânicos para emitir luz e formar imagens sem necessidade de backlight; entenda vantagens e desvantagens da tecnologia
OLED (Organic Light-Emitting Diode) é uma tecnologia usada em telas de celulares, monitores e TVs que se baseia em pixels autoemissores de luz para formar imagens. Sua aplicação gera painéis com cores vibrantes e preto verdadeiro sem a necessidade de retroiluminação.
A Kodak foi a primeira empresa a desenvolver uma tela OLED funcional, em 1987, mas a tecnologia só chegou aos consumidores dez anos depois, por meio da japonesa Pioneer. Em 2007, a Sony XEL-1 se tornou a primeira TV OLED do mercado, com apenas 11 polegadas e resolução de 960×540 pixels.
Atualmente, o OLED é fabricado por empresas como Samsung Display, LG Display, BOE e AUO. A tecnologia está presente em televisores da LG, celulares da linha Samsung Galaxy, monitores profissionais da Sony e produtos da Apple, como o iPhone e o Apple Watch.
Um painel OLED é formado por materiais orgânicos que emitem luz quando uma corrente elétrica é aplicada, um processo conhecido como fluorescência. Telas OLED são compostas de cinco camadas principais, da base ao topo:
A formação de imagem começa no cátodo, que envia elétrons para a camada OLED, composta de material orgânico emissor de luz. A cor produzida em telas RGB depende da intensidade da corrente elétrica aplicada a cada subpixel vermelho, verde e azul dos diodos orgânicos.
Após a formação de imagem, o ânodo retira os elétrons da camada emissora de luz. Já o substrato, geralmente feito de vidro, tem a função de proteger a estrutura interna do painel.
Como o OLED tem pixels autoemissores de luz, não há um backlight como no LCD. O nível de brilho depende da construção dos pixels, por isso, TVs OLED costumam ter um subpixel branco (WRGB) para aumentar a luminância. Também há arranjos como o PenTile, com dois subpixels verdes, um vermelho e um azul (RGBG), que tem custo menor de fabricação e é usado em dispositivos portáteis.
Uma tecnologia chamada PHOLED (Phosphorescent Organic Light-Emitting Diodes) está em desenvolvimento e substitui o processo de fluorescência do material orgânico pela fosforescência. O objetivo é aumentar a eficiência interna das telas OLED.
A fabricação de telas OLED pode ser feita com uma ampla gama de substratos, o que possibilita a criação de painéis de diferentes formatos. Entre eles estão as telas OLED transparentes (TOLED) e as flexíveis.
O uso de um plástico ou vidro transparente permite a fabricação de telas TOLED, que atingem transparências de 70% a 85% quando os pixels estão desligados. A tecnologia está presente em portas de geladeiras que podem mostrar seu conteúdo interno.
Também é possível construir uma tela OLED com um substrato de material plástico. A troca do substrato de vidro por uma camada fina de polímero flexível, como a poli-imida, é adotada em telas POLED, usadas principalmente em smartphones dobráveis ou com painéis curvados.
Uma tela OLED pode ser fabricada com matriz ativa (AMOLED) ou passiva (PMOLED). De modo geral, as diferenças são:
Nosso comparativo entre LCD, OLED, QLED, QNED, NanoCell e MicroLED mostra qual é o melhor tipo de painel para TVs conforme o perfil do usuário.
De forma resumida, temos o seguinte:
O tamanho estimado do mercado de OLED em 2022 foi de US$ 45,6 bilhões, valor que pode chegar a US$ 214,8 bilhões até 2030. As principais fornecedoras de telas OLED são:
O burn-in em telas OLED é um processo natural de desgaste da camada orgânica e não pode ser evitado. Fabricantes de produtos com tecnologia OLED, como TVs, usam tecnologias para reduzir o efeito burn-in, como limpeza de pixels, limitação automática de brilho e protetores de tela.
As primeiras TVs OLED, lançadas em 2013, tinham vida útil de 36 mil horas, de acordo com um executivo da LG. Telas mais avançadas e com novas tecnologias contra burn-in podem chegar a 100 mil horas, o equivalente a 30 anos com 10 horas de uso diário, segundo a empresa.
Desligue o dispositivo e use um pano seco e macio para limpar uma tela OLED. Caso haja manchas de difícil remoção, como marcas de gordura, aplique somente água no pano.
Desconecte todos os cabos e, se possível, use a embalagem original com isopores e/ou plásticos bolha para transportar uma TV ou monitor. Caso você não tenha mais a embalagem original, coloque o equipamento em uma caixa de papelão com material de proteção adequado.
O QD-OLED combina o preto verdadeiro das telas OLED com as cores precisas do QLED. Nas telas QD-OLED da Samsung, a camada orgânica emite luz azul para uma camada de pontos quânticos, que absorvem a energia e complementam a imagem com as cores vermelha e verde. A primeira TV QD-OLED foi a Sony Bravia XR A95K, lançada em 2022.